Eu sai do trabalho e fui buscar o pequeno Heitor na Escolinha ( a saudosa Sapequinha), onde ele "estudava" desde os 4 meses.
Na volta da Sapequinha, passávamos sempre em frente um Zaffari e quase sempre dávamos aquela entrada marota, nem que fosse só pra pegar um ar condionadinho no verão de Forno Alegre ou um pãozinho de queijo para roermos até em casa.
Neste dia não foi diferente, entramos no supermercado para pegar algo para o jantar, porém me esqueci que estava a pé e sozinha com uma criança pequena e resolvi fazer MUUUUUIIIIITAS compras.
Na saída me dei conta que tinha feito uma grande M., morávamos há duas quadras dali, na Ramiro Barcelos, e na época não existia estes apps de transporte, somente táxi.
Um taxista, em Porto Alegre, em horário de pico, me mataria se eu sugerisse uma viagem curta.
Resolvi voltar a pé, com o Heitor e aquelas dezenas de sacolas.
No meio do caminho, Heitor começou a choramingar, estava cansado, com sono, com fome, queria colinho e atenção da mamãe... aquelas coisas de criança de dois anos que passou o dia na escolinha... carreguei as sacolas e o Heitor no colo, de salto, evidentemente...
Ao entrarmos no prédio me deparo com o elevador e com nenhuma mão livre para apertar o botãozinho de chamada, tenho uma ideia:
EU: Filho, ajuda a mamãe...chama o elevador!
Heitor: (sem nenhuma duvida dá um grito) :
ELEVADOOOOOOOIIIIIIÊÊÊ....
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